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Anonymous declara guerra a países


Guerra Global


O Anonymous aponta agora as baterias a nações soberanas, declarando guerra aos países que de alguma forma se lhe opõem ou ao Wikileaks, como se pode comprovar pelos ataques lançados contra os sites do governo do Zimbabwe e da Tunísia.
Os anteriores alvos do grupo foram empresas como a Mastercard e o PayPal com ataques distribuídos de negação de serviço (DDoS), depois terem retirado o seu apoio ao site Wikileaks.
Assim que a Tunísia tentou bloquear o acesso aos documentos Wikileaks sobre o país, tornou-se mais um dos alvos a atingir.
Os sites que parecem ter sido derrubados pela negação de serviço distribuída (DDoS) incluem o do presidente tunisino Zine El Abidine Ben Ali e o site oficial do governo.
Um comunicado divulgado num dos sites do Anonymous explicou que o motivo do ataque foi que o governo tunisino queria controlar o presente com as mentiras e desinformação, a fim de manipular o futuro, mantendo a verdade oculta dos seus cidadãos.
A Tunísia não é exactamente famosa pelas suas amplas liberdades democráticas ou de expressão e, por isso mesmo, não é surpreendente que o governo tenha tido uma atitude de censura em relação ao Wikileaks. No entanto, esta situação mostra que os governos estrangeiros podem ser susceptíveis a hackers ocidentais quando estes decidem dificultar-lhes a vida.

As nações-alvo


Na verdade, os ataques estão a ser levados tão a sério que a Scotland Yard confirmou que tem estado a investigar o grupo de vigilantes da Internet há algum tempo.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, a CIA (Central Intelligence Agency) criou uma task force, com o apelido infeliz de WikiLeaks Task Force (ou WTF que em inglês é vulgarmente utilizado para What The Fuck…).
E agora temos um novo rumo dos acontecimentos quando o grupo de hackers desvia as suas atenções das empresas e as dirige a países que são hostis ao Wikileaks.
De acordo com o jornal The Guardian, uma série de países árabes como a Arábia Saudita e Marrocos têm activamente tentado bloquear o Wikileaks. O grupo Anonymous já atacou o Zimbabwe, e agora a Tunísia, exactamente por tentarem bloquear o acesso aos documentos Wikileaks.

Outros ataques


No mês passado, o assessor de segurança nacional britânico, Sir Peter Ricketts, advertiu que os apoiantes WikiLeaks podem atacar sites do governo, como o Departamento de Trabalho e Pensões (DWP) e outros.
Um dirigente da Citrix, Simon Crosby, também advertiu recentemente que o ano de 2010 marcou o início da ciberguerra, com o ataque Stuxnet sobre o Irão, o ataque do governo chinês sobre Google, e os ataques em curso devido ao WikiLeaks.
De salientar que o grupo Anonymous não surgiu agora, já tem um historial de acções deste tipo; em Novembro, o grupo atacou o site da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), como vingança pela acção judicial contra o Pirate Bay.

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