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Ciberguerra II - O lobo solitário


Os ataques informáticos em defesa de Julian Assange parecem ter sido coordenados por um grupo de activistas denominado Anonymous que no passado já tinha lançado ataques contra a Igreja da Cientologia e contra Gene Simmons da band rock Kiss devido às declarações por este proferidas contra a livre partilha de ficheiros na Internet. No passado fim de semana, os membros do Anonymous prometeram vingança contra qualquer organização que se perfilasse contra o Wikileaks numa acção a que deram o nome de Operation Payback.

Mas este grupo tem, pelo menos, um inimigo declarado na comunidade de hackers, um auto denominado “hacktivista para o bem” que usa o pseudónimo de th3j35t3r (The Jester). Ele já assumiu a responsabilidade pelos diversos ataques ao site wikileaks.org desde que este iniciou a divulgação deste ultimo lote de documentos secretos a 28 de Novembro através da mensagem “TANGO DOWN” no seu Twitter.



Este personagem, que se descreve a si próprio como um hacker patriótico com formação militar, alega que outros hackers com ideias semelhantes às suas já o abordaram com o intuito de auxiliar na campanha contra o Wikileaks.

O nome The Jester chamou a atenção da comunidade dos especialistas em segurança informática quando, no início deste ano, foi o responsável por encerrar vários sites operados por extremistas islâmicos. Este hacker utiliza um método até aqui nunca observado antes visto que ele próprio desenvolveu um programa chamado XerXeS que entope um site como o wikileaks.org dando-lhe instruções para efectuar sucessivos pedidos de informação o que resulta no facto de o próprio site ficar inactivo.


O Anonymous, como grande parte dos hackers, fecha os websites lançando aquilo a que se chama ataques de negação de serviço distribuídos, utilizando para esse efeito uma ou várias redes de computadores infectados e que são utilizados para esse fim sem o conhecimento dos seus donos e utilizadores habituais.

De acordo com os especialistas, a base de operações da Anonymous está localizada em servidores “à prova de bala” em território russo. Estes servidores são assim designados por serem supostamente imunes a ataques do tipo negação de serviço. Isto significa que quem os está a atacar tem que ter muitos recursos e largura de banda disponível ao seu dispor e tudo indica que o Jester reúne estas condições.

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