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Militares dos EUA prontos para a guerra cibernética


Os militares dos EUA estão agora legalmente autorizados a lançar operações ofensivas no ciberespaço, disse na quarta-feira o Comandante do Comando Estratégico dos EUA, menos de um mês após ter dito que isto era um trabalho em andamento.

O General Robert Kehler, da Força Aérea, disse neste mais recente sinal de aceleração dos preparativos militares dos EUA para a guerra cibernética "eu não acredito que precisemos de mais autorizações explícitas para conduzir operações ofensivas de qualquer tipo". E acrescentou ainda, referindo-se ao quadro jurídico que "Eu não acho que haja qualquer questão sobre a autoridade para conduzir operações".

Cyber-Warfare

Mas ele também disse que os militares ainda estavam a abrir caminho através de regras de empenhamento em guerra cibernética que estão além da "zona das hostilidades", ou zonas de batalha, para as quais foram aprovadas.

O Comando Estratégico dos EUA é responsável por uma série de áreas para as forças armadas dos EUA, incluindo operações espaciais (como satélites militares), assuntos do ciberespaço, "dissuasão estratégica" e combate a armas de destruição maciça. O Ciber Comando, um sub-comando, começou a operar em Maio de 2010 enquanto a doutrina militar, as autoridades legais e as regras de empenhamento ainda estavam a ser trabalhadas para aquilo a que os militares chamam os mais recentes potenciais “domínios de batalha”.

"Quando se justifique, iremos responder a actos hostis no ciberespaço como seria para qualquer outra ameaça ao nosso país", disse o Departamento de Defesa no relatório. "Todos os estados possuem o direito inerente de legítima defesa, e nós reservamos o direito de usar todos os meios necessários - diplomáticos, informativos, militares e económicos - para defender a nossa nação, os nossos aliados, os nossos parceiros e os nossos interesses".

cyber-warrior cartoon

As autoridades americanas disseram num relatório ao Congresso no mês passado que a China e a Rússia estão a usar espionagem para roubar segredos comerciais dos EUA e tecnologia e que eles permanecerão "agressivos" nesses esforços. Foi definido o ciberespaço como incluindo a Internet, as redes de telecomunicações, os sistemas de computador e processadores embutidos e controladores em "sectores críticos".

O Pentágono, no relatório ao Congresso tornado público terça-feira, disse que estava a tentar impedir a agressão no ciberespaço através da construção de defesas mais fortes e encontrando maneiras de fazer os atacantes pagar um preço.

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