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Novo biosensor feito com nanotubos

Os sensores padrão utilizam eléctrodos de metal revestido com enzimas que reagem com os compostos e produzem um sinal eléctrico que pode ser medido. No entanto, a ineficiência desses sensores leva a medições imperfeitas. Agora, cientistas da Purdue University desenvolveram um novo método para empilhar DNA sintético e nanotubos de carbono num eléctrodo biosensível.

Nanotubos de carbono, moléculas de carbono cilíndrico conhecido por terem excelentes propriedades térmicas e eléctricas, têm sido vistas como uma possibilidade para melhorar o desempenho dos sensores. O problema é que os materiais não são totalmente compatíveis com a água, o que limita sua aplicação em fluidos biológicos.



Marshall Porterfield e Jong Hyun Choi encontraram uma solução e relataram as suas descobertas na revista The Analyst, descrevendo um sensor que essencialmente se constrói a si próprio.

"No futuro, seremos capazes de criar uma sequência de DNA que é complementar aos nanotubos de carbono e é compatível com enzimas biosensíveis específicas para os muitos compostos diferentes que queremos medir", disse Porterfield. "Vai ser uma plataforma de auto-montagem de biossensores no nível biomolecular".

Choi desenvolveu um DNA sintético que irá anexar à superfície dos nanotubos de carbono e torná-los mais solúveis em água. "Uma vez que os nanotubos de carbono estejam numa solução, só temos que colocar o eléctrodo na solução e carregá-lo. Os nanotubos de carbono, em seguida, irão revestir a superfície", disse Choi.

O eléctrodo revestido com nanotubos de carbono irá atrair as enzimas para concluir a montagem do sensor. O sensor descrito nos resultados foi projectado para glicose. Mas Porterfield disse que poderia ser facilmente adaptado para vários compostos. "Podem-se produzir esses sensores em massa para diabetes, por exemplo, para a gestão de insulina para pacientes diabéticos", disse Porterfield.

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