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Operação Payback - Missão Leakflood


Missão Leakflood


A Operação Payback descobriu uma nova forma de irritar as companhias que cortaram laços com o WikiLeaks: bombardeá-los com faxes. Como parte de sua nova missão chamada Leakflood, o grupo anónimo de 'hacktivistas' está a incentivar os seus membros a enviar um grande número de faxes para a Amazon, MasterCard, Moneybookers, PayPal, Visa e Software Tableau.

Nos salas de chat, os membros do grupo têm publicado os números de fax de cerca de meia dúzia de companhias e estão a tentar recrutar voluntários para entupir as máquinas de fax, utilizando serviços gratuitos on-line, tais como o MyFax.com e o FaxZero.com. Eles recomendam ainda que as pessoas utilizem software de anonimato, como o Tor Project, para aceder a estes sites de modo a evitar a detecção pelas autoridades.

Esta última campanha do grupo Anonymous é essencialmente análoga à dos ataques distribuídos de negação de serviço que realizou contra sites durante a semana passada, simplesmente agora trata-se de um ataque DDoS contra as máquinas de fax. O grupo começou estes ataques hoje às 13:00 GMT e publicou uma lista de números de fax de destino:



MIssão Leakflood



"O inimigo está a adaptar-se às nossas estratégias, mas eles são uma burocracia pesada. Nós podemos mudar mais rápido", disse o grupo numa nota que circulou hoje nos seus servidores de chat.


Os activistas são encorajados a enviar por fax ou imagens de Guy Fawkes ou trechos aleatórios do conteúdo que o WikiLeaks tem a divulgar recentemente. Não é claro quantas pessoas estão a participar nos ataques, mas um canal de IRC criado para fornecer informações sobre a campanha continha 73 utilizadores poucas horas após o começo dos ataques.



O grupo por trás desta operação já utilizou esta táctica antes. Em Janeiro de 2008, incitou os seus membros a inundar com faxes a Igreja da Cientologia, outro dos seus alvos favoritos.


Embora os ataques da Operação Payback tenham ganho muita atenção dos média, tiveram pouco efeito sobre as empresas visadas. A MasterCard afirmou que algum processamento de transacções dos seus SecureCode foi reduzido na semana passada, mas os sistemas de back-end de transacção usados tanto pela Visa como pela MasterCard não têm sido afectados pelos ataques. O site Paypal.com caiu na quinta-feira, mas a empresa disse que os servidores que usa para processar as transacções estavam virtualmente inalterados.


Os ataques não são difíceis de contrariar, mas custam dinheiro visto que as empresas têm que lutar e fortalecer a sua infra-estrutura. Além disso, dificultam o contacto dos clientes com as empresas. Esses sites geralmente são o primeiro ponto de entrada para quem quer usar os serviços online.


Os ataques fax podem ser visto como apenas um incómodo e parecem ter algum efeito. O Anonymous chegou ao ponto de divulgar uma lista de números que afirma já não responderem.



Mas para além de distribuir ataques, o grupo também se encontra sob ataque por apoiar o WikiLeaks. Muitos utilizadores foram expulsos da sua rede de IRC após os seus servidores terem sido atacados esta manhã. É também ponto assente que o domínio anonops.eu (que divulgava a localização de servidores de IRC e do alvo do próximo ataque) também está sob ataque e não está disponível.


Gráficos de desempenho em tempo real para sites quese  tenham envolvido (ou possam vir a estar envolvidos) nos ataques WikiLeaks podem ser acompanhados em http://uptime.netcraft.com/perf/reports/performance/wikileaks, no entanto, Netcraft não monitoriza máquinas de fax.

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